Eu amo aprender coisas novas! E fazer coisas novas. Mas, ao mesmo tempo, isso me dá um frio na barriga, muitas vezes. Quanto maior o projeto, maior o frio na barriga; maior o medo de começar e maior ainda o nervoso para colocar no mundo.
E muitas vezes a gente vai se colocando barrei
ras, pedras nos nossos próprios caminhos, como mecanismo de defesa, para continuar no lugar confortável em que estamos e já conhecemos.
Fazer um curso de criação de amigurumis já estava nos meus planos há um tempo! Poderia ter saído meses antes, se não fossem essas micro-sabotagens. É o notebook que precisaria trocar, o microfone que teria que comprar, o conteúdo para organizar, aulas para assistir. E isso tudo antes mesmo de começar a fazer alguma coisa.
Depois de assistir a um curso, esquematizei os temas das minhas aulas, mas ainda tinham vários roteiros para fazer, materiais, gravar aulas, editar, entender uma plataforma de hospedagem, sem falar em produzir conteúdo para divulgar o curso.
Devo dizer, também, que isso tudo era porque eu tinha uma ideia de curso - gravado - que é muito mais complexa para fazer do que o modelo que encontrei agora. Não me considero uma pessoa perfeccionis-ta (e justamente por isso falo de auto-sabotagem kkkk) mas eu queria que fosse um curso muito redondinho, para não ter muito re-trabalho depois.
Mas, por vários motivos do universo, o jogo virou!
Foi uma recomendação na newsletter do Tira do papel, um ato de coragem para preencher um formulário (sem muita expectativa) e eu ter sido umas das 50 pessoas selecionadas para participar do programa de aceleração (que provavelmente tenha sido influenciado pelos vários anos de trabalho no CaM, e por isso digo que foram vários fatores).
Por mais que eu já estivesse com vários temas de aulas esquematizados, foi o Impulso que me jogou pra longe da minha zona de conforto. E também porque eu realmente abracei a oportunidade.
Me vi fazendo um monte de cois
as que realmente eu iria demorar muito mais tempo para fazer (ou nem faria) se simplesmente tivesse que fazer sozinha.
Mas o grande aprendizado que tirei dessa história toda (de vários kkkk), é o seguinte:
Me peguei refletindo no quanto eu tenho CURTIDO o processo de sair da minha zona de conforto. Me joguei de cabeça e me vi num mergulho muito louco hahaha.
Agora, parando pra pensar... por mais contraditório que pareça, faz sentido! Porque percebo o quanto consegui CRESCER e amadurecer - pensamentos e comportamentos - em pouco tempo, justamente pela coragem de FAZER.
Confesso que tô com um puta orgulho de mim por ter tido essa coragem.
Por fim, esse sentimento me fez querer entrar em uma guerra contra minha zona de conforto.
Tem conforto que vira desconforto, tipo morar com os pais. Ahhaha Por melhor que seja, tem um momento em que você sai e descobre que - por mais desafiador que seja morar sozinho - também tem suas vantagens lá fora e você não quer mais voltar.
É fora dali que a gente cresce.
Talvez minha zona de conforto me puxe de volta em algum momento. E eu espero me lembrar disso aqui para poder sair de novo. E de novo.
Bora sair da zona de conforto?
Bora!!
Tá tão confortável aqui
Este texto foi escrito no início de 2022, na minha newsletter, antes de lançar o CAA.
Há pouco tempo a minha zona de conforto me puxou de volta. Sim, como eu já esperava que pudesse acontecer.
Reli o texto e foi muito bom me lembrar disso, para que eu possa, de novo, declarar guerra contra ela.
E resolvi postar, caso você também precise disso.
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