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O medo de começar


É natural termos medo do desconhecido e de novos começos. Mesmo que na nossa realidade existam coisas das quais não gostamos, muitas vezes o medo de mudar é ainda maior do que o incômodo. Afinal, por mais que ele exista, é um incômodo conhecido, com o qual sabemos lidar e muitas vezes, com o tempo, nos acostumamos a tal ponto de nem nos importarmos mais… nos acomodamos. Por isso é preciso tanta coragem para mudar. É preciso arriscar o conhecido e correr o risco de ter que começar tudo de novo, encarar vários outros incômodos e problemas no meio do caminho, com os quais ainda não sabemos lidar e às vezes não temos nem consciência da sua possível existência, nos pegando de surpresa!



Eu sempre tive muito medo das mudanças. Porém, com o tempo, comecei a ver o tanto de beleza que pode ter por trás delas. O tal do desconhecido pode, sim, - e vai - trazer um monte de coisa nova; ele vai com certeza te tirar da sua zona de conforto; vai te dar algumas dores de cabeça, mas com certeza não vai acabar por aí.

Talvez tenha sido fruto da minha mudança de pensamento ao longo do tempo, buscando um olhar mais positivo das coisas…. Mas comecei a tentar perceber o que de bom cada mudança poderia trazer. E focar nisso.


O Clube dos Amôgurumis, para mim, não foi diferente.. É um projeto em que fugi muito da minha zona de conforto. Já havia criado e diagramado algumas receitas, mas um plano de assinatura mensal, numa plataforma nova, possivelmente tendo que administrar muito mais envios e pessoas, um grupo, além das outras atividades que já desenvolvo no CaM, é realmente um desafio.


O projeto está em andamento, mas acredite: o medo ainda não passou completamente. E nem acho que vai passar. Isso porque, a cada mês, apresento um amigurumi novo a vocês e os questionamentos são inevitáveis. E se não gostarem? E se a meta não for atingida? E se acharem muito básico? E se acharem pequeno? E se acharem grande demais?....

Dá medo! É um tanto quanto intimidador. Afinal, não é só fazer por mim e para mim. É por nós e para vocês também.


E como eu faço para seguir em frente, mesmo com medo? Eu penso nas coisas boas que posso atingir com isso e nos motivos pelos quais eu faço o que faço. Os objetivos e os nossos propósitos nos dão um guia muito claro e nos dão confiança e força para colocar em prática. São eles que me lembram de que não é só por mim. É por nós.


Mesmo indo em frente, eu sei, é possível que os resultados não sejam os esperados. É possível que erros aconteçam no caminho. É possível que existam críticas e que nem todos saiam satisfeitos. E é por isso que devemos sempre buscar o crescimento, não o fim em si mesmo. É preciso estarmos atentos aos feedbacks que recebemos para entender onde devemos melhorar. Talvez não seja perfeito, mas dar o meu melhor, fazer o que posso fazer, com as ferramentas que tenho no momento, já me traz certa satisfação. Afinal, o primeiro passo é o mais importante e nunca saberemos se não tentarmos.



Angústia maior do que o medo do desconhecido ou do fracasso, para mim, é a incerteza do que poderia ter sido se eu tivesse tentado.
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